terça-feira, 20 de setembro de 2011

Peregrinação ao túmulo de São Pedro. Encontro dos novos bispos de 7 a 16 de setembro de 2011 Hoje dia 15 de setembro estamos no penúltimo dia do encontro de...

Peregrinação ao túmulo de São Pedro. Encontro dos novos bispos de 7 a 16 de setembro de 2011


Hoje dia 15 de setembro estamos no penúltimo dia do encontro de reflexão e de formação para os novos bispos, organizado pela Congregação dos Bispos, na pessoa do Cardeal Marc Ouellet.
Esta manhã tivemos o encontro com o Santo Padre, Papa Bento XVI. O encontro foi maravilhoso e comovente. O Santo Padre nos fez um discurso e em seguida cada bispo pôde passar para saudá-lo pessoalmente. Na minha vez, eu disse ao Santo Padre que trazia a saudação dos sacerdotes e de todos os cristãos da minha diocese, e uma saudação especial dos amigos da Fazenda da Esperança. O Santo Padre respondeu: Grazie mille e salutami tutti con la mia benedizione. (Muito obrigado e leva a minha saudação e a minha benção para todos).
A avaliação geral do curso é muito positiva. Os assuntos tratados foram de interesse dos novos bispos e eu destacaria particulamente como positivos os temas referentes à teologia e à identidade do ministério episcopal. Também as questões administrativas e práticas e as questões canônicas, foram de muita ajuda para quem está iniciando esta nova experiência e missão.
Outro ponto forte do encontro foi a partilha da experiência dos colegas bispos ortodoxos e das Igrejas orientais (Iraque, Armênia, Turquia, Síria, Líbano, etc.). Nos marcou particularmente o testemunho dos bispos do Iraque e da Armênia.
Quero destacar especialmente o testemunho do Mgr. Amel Shamon Nona, de Mayassa, Mosul, Iraque, substitituto de um colega bispo que foi assassinado no inicio deste ano de 2011. Para fazer medo aos cristãos, no dia da sua posse como novo bispo, os fundamentalistas ameaçaram de matar um cristão a cada dia e durante sete dias cumpriram a promessa.
Este ano durante a semana santa decretaram o estado de cobre fogo proibindo as pessoas de se reunirem e de sair às ruas… Mesmo assim, os cristãos foram até as igrejas para as celebrações, especialmente as mulheres e as crianças e a semana santa pôde ser celebrada normalmente.
Disse Mgr. Amel: “A nossa terra tem cheiro de sangue… nossos ancestrais derramaram o próprio sangue pela fé e nós hoje apesar do sofrimento não queremos fugir desta terra. Queremos ficar no Iraque mesmo sabendo que arriscamos a própria vida pela nossa fé e em nome de Jesus Cristo”.
“Caros colegas bispos do Ocidente, Digam aos vossos governos que não basta ir aos nossos países para derrubar ou trocar os ditadores… e depois deixar o país sem um governo estável e na mais completa insegurança. Isso traz ainda mais violência, porque os grupos fundamentalistas se aproveitam destas situações”.
“Como cristãos e fazendo parte das minorias, somos uma voz que grita no deserto… e por isso pedimos a vocês colegas bispos para gritarem conosco… Falem aos seus governantes e aos cristãos do ocidente que o nosso povo está sofrendo, morrendo e sendo perseguido”.
Tudo isso não parece ser verdade ou então parece ser coisas de outros tempos, mas na verdade está acontecendo em nossos dias. Eles pedem vivamente as nossas orações e eu lhes prometi pessoalmente que convidaria toda a diocese de Sobral para rezar por eles… Juntos e incessantemente roguemos ao Deus da PAZ pelos nossos irmãos cristãos perseguidos por causa da fé em Jesus Cristo, especialmente nossos irmãos e irmãs do Iraque.
Um cordial abraço a todos desde Roma.

Até breve.
Dom Odelir José..
(CORREIO DA SEMANA)

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