O número de brasileiros que compram produtos falsificados aumentou de 48% para 52% entre 2010 e 2011. Pela primeira vez, desde 2006, mais da metade dos entrevistados admitiu ter adquirido mercadorias pirateadas. Os dados fazem parte da pesquisa O Consumo de Produtos Piratas do Brasil, divulgada hoje (19) pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).
De acordo com o estudo, ao transformar os percentuais em números absolutos, 74,3 milhões de brasileiros consumiram algum produto pirata, 6 milhões a mais do que o observado no ano passado (68,4 milhões).
Segundo o economista da Fecomércio-RJ Christian Travassos outro dado alarmante é a crescente adesão das classes A e B à essa prática. De um ano para o outro, subiu de 47% para 57% o número de integrantes das camadas mais altas que admitiu ter consumido mercadorias falsificadas.
“Essas classes que, teoricamente têm mais acesso à informação e conhecem os prejuízos dessa prática, também consomem cada vez mais os produtos piratas. Isso é preocupante porque, em geral, esse comércio está associado a outros crimes, como o tráfico de armas”, afirmou.
O economista destacou ainda que a comercialização dessas mercadorias é prejudicial tanto ao consumidor, “que leva produtos sem qualquer garantia”, quanto à cadeia produtiva, que gera menos empregos e enfrenta concorrência desleal, “o que impede que os preços sejam mais competitivos no mercado formal”.
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