segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sobral pode perder posto que tem no 1º escalão de Dilma


Quando o assunto é reforma ministerial, o Governo Federal sustenta que as informações ainda estão no campo das especulações. Contudo, a discussão circula nos bastidores, incluindo a informação de que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem a intenção de reduzir o número de Ministérios. A Secretaria de Portos, por exemplo, comandada pelo cearense Leônidas Cristino, perderia o status de Ministério e seria incorporada por outro. O único Ministério com um cearense à frente passaria, então, a ser uma pasta do segundo escalão.
A informação não é confirmada pela Secretaria de Portos nem pela Casa Civil. Os dois órgãos informam, pelas assessorias de comunicação, que ainda não há nada definido. Vice-líder do Governo, o deputado federal José Guimarães (PT) adota o mesmo discurso. “Não tem nada, nada discutido. Tudo é conversa. O Governo não declarou nada ainda sobre isso. A própria presidenta Dilma não deu sinais de nada”, disse.
Ao mesmo tempo, ele confirma o burburinho que corre nos bastidores. “O que eu tenho escutado falar é que vão sair umas secretarias e outras iriam ser agregadas, mas é tudo especulação. Não ouvi nada oficial”, garante. Para o deputado federal Antônio Bahlmann (PSB), embora não existam informações seguras, de fontes confiáveis, existe a compreensão de que há necessidade de modificar a estrutura administrativa do Governo Federal. “Eu acho que é positiva a proposta de diminuir o número de Ministérios”, defende.
Ele lembra que, desde que Dilma assumiu a Presidência, já havia a intenção de fazer uma junção da Secretaria de Portos com outro Ministério. “Inicialmente havia essa possibilidade. E essa possibilidade pode se afirmar como a alternativa que a presidente venha a escolher”, acredita. Para ele, a Secretaria é referência de administração pública e não seria problema se o Ceará perdesse esse cargo de primeiro escalão. “Diante do grande gestor que é o ministro Leônidas Cristino, pela qualidade do trabalho que ele desenvolve e por toda a confiança que a presidenta tem por ele, ele pode ser efetivamente enquadrado nesse desenho de uma possível reforma ministerial”, acredita.
Descrente
O deputado federal, Danilo Forte (PMDB), afirma não acreditar que haverá reforma ministerial. “No máximo, haverá reformas pontuais em algumas áreas do Governo”, diz. Ele também é a favor de uma reforma que reduza a quantidade de Ministérios. “Acho que há um número muito grande. Só na área dos Direitos Humanos são cinco Ministérios que poderiam ser um só”, defende.
No caso da Secretaria de Portos, ele também acredita que deveria haver apenas um Ministério para tratar a questão da mobilidade. “São Ministérios com atribuições similares e consecutivas. A unificação melhora, agiliza o Governo, permite a unificação do trabalho com a presidência”, disse. Para ele, se o Ceará perde o cargo de primeiro escalão, a classe política deverá lutar por um outro Ministério, até de mais importância. “Mas não há problema se o ministro é cearense, gaúcho ou capixaba. O importante é trabalhar para trazer obras para o Ceará”.

(O POVO)

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