sábado, 3 de março de 2012

Derrubada de árvores gera protestos

A derrubada de 74 árvores do canteiro da Avenida Pericentral...
Sobral As obras do Metrô neste Município continuam causando polêmica na cidade. Desta vez, a derrubada de 74 árvores do canteiro da Avenida Pericentral provocou indignação nos moradores da área. A empreiteira responsável pela obra, a Engexata Engenharia Ltda, tinha a autorização da Secretaria do Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Splan) para a retirada de 50 árvores, mas acabou extrapolando e por isso terá que replantar as 24 árvores excedentes na própria Avenida Pericentral.

A secretária de Planejamento, Juraci Neves, afirma que ainda estuda uma multa para a empreiteira. O certo é que na próxima semana a secretária, junto com a superintendente da Autarquia Municipal do Meio Ambiente (AMMA), Mara Silva, terão que prestar esclarecimentos sobre a derrubada das árvores, na Câmara Municipal.

O presidente da Câmara, vereador João Alberto Adeodato Júnior (PSB), considera a derrubada um absurdo e diz que a chamada para esclarecimentos dos responsáveis é uma convocação e não um convite.

Para o presidente da Câmara, a obra do Metrô de Sobral nunca foi bem discutida com a população. "Agora cada vez mais se revolta como ela está sendo aplicada", afirma. O vereador considera o metrô necessário, mas destaca que suas obras não estão tendo o devido cuidado para não prejudicar a população.

Indignação
O radialista Bené Fernandes se mostrou indignado com a atual situação das obras com a derrubada das árvores. "Qual seria a atitude da Prefeitura, do Ibama, da AMMA, se um sobralense, que se sentindo incomodado com uma árvore plantada na sua calçada, e que estivesse com as ´paredes rachadas´, em função das raízes profundas e grossa dessas arvores, e que por conta disso decidisse cortá-la? Acredito que o cidadão seria multado, responderia por crime ambiental etc", escreveu, em seu blog, Bené Fernandes.
Bené Fernandes continua sua lamentação afirmando que "na tarde da última sexta- feira (24), a natureza chorou novamente na Avenida Pericentral. Todas as árvores plantadas pelo ex-prefeito Cid Gomes, foram "assassinadas e destruídas, em nome do progresso humano, o Metrô vem aí", protestou.

Crime
Parte da Câmara Municipal chamou a derrubada de "crime ambiental". Pelo menos dez dos atuais 12 vereadores sobralenses, são contra a forma como as obras do Metrô estão acontecendo. "Vamos cobrar responsabilidades", diz o vereador Paulo Vasconcelos (PRB). O mesmo sentimento têm Marcos Prado e Zé Vytal. A população da Avenida John Sanford reclama que o metrô vai impedir a entrada de carros nas garagens. Essa é outra reclamação contra as obras.
Manifestantes procuraram o prefeito Clodoveu Arruda que prometeu tomar todas as providências para evitar esta dificuldade. Segundo o prefeito, o projeto inicial do metrô foi alterado para exatamente evitar a dificuldade de acesso às casas e comércios e que o impacto negativo será o menor possível.
O Metrô de Sobral tem previsão de conclusão para começo de setembro deste ano. As obras começaram em março de 2011, com um custo orçado em R$ 71,6 milhões, sendo R$ 50 milhões de recursos do Governo do Estado e R$ 21,6 milhões do Governo Federal, através da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU).
O Metrô deve transportar 5 mil pessoas diariamente. Serão, ao todo, 64 viagens ligando diversos bairros da cidade em 12,1 quilômetros de ferrovias. Procurada, a Engexata Engenharia Ltda não quis se manifestar sobre o assunto.

LAURIBERTO BRAGAREPÓRTER

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