Em Brasília, todas as paredes têm ouvidos. O segredo absoluto é uma utopia.
Enquanto afia a ponta da caneta, caneta, Dilma Rousseff começa a compartilhar seus planos para o "novo" ministério.
E a propalada reforma do primeiro escalão vai ganhando o asfalto.
Em diálogos cada vez menos privados, a presidente busca nomes para pelo menos cinco pastas.
São elas: Trabalho, Educação, Cultura, Desenvolvimento Agrário e Cidades.
Afora Fernando Haddad, que deixará a Educação para tornar-se candidato do PT à prefeitura de São Paulo, os outros o titulares serão afastados.
Se durar até o início de 2012, Carlos ‘Só Saio a Bala’ Lupi vai integrar o rol de demitidos. A dúvida é se o Trabalho será mantido na cota do PDT.
De resto, vão ao meio-fio a apartidária cultural Ana de Hollanda, o petê agrário Afonso Florence e o pepê citadino Mario Negromonte.
Na prática, a reforma de Dilma foi como que esvaziada pelos fatos que a forçaram a antecipar, em conta gotas, parte das mudanças.
Os ministros recém-chegados devem ser mantidos: Aldo Rebelo (Esporte), Mendes Ribeiro (Agricultura), Gastão Vieira (Turismo)...
...Celso Amorim (Defesa), Paulo Passos (Transportes), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
Para evitar a impressão de que a montanha dará à luz um rato, Dilma cogita adicionar à dança de cadeiras um enxugamento da Esplanada.
Criadas sob Lula, algumas secretarias com status de ministério podem sumir do organograma: Pesca, Portos, Políticas para Mulheres e Igualdade Racial.
Dispensados os titulares, as logomarcas seriam incorporadas a pastas afins. Pesca na Agricultura, Portos nos Transportes e assim sucessivamente.
(Claudio Humberto)
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