Time catalão coloca o Santos na roda, vence com facilidade e é campeão
mundial de clubes. Bem marcado, Neymar só assiste ao show de Messi
Por Adilson BarrosYokohama, Japão
Foi bom enquanto durou. Não há time que se iguale ao Barcelona neste mundo. Vai ver é por isso que já se tornou clichê dizer que a equipe de Messi é de outro planeta. O Santos sonhava, mas não foi páreo para o Barça. Mesmo escalando três zagueiros para tentar brecar a equipe catalã, o Peixe foi encurralado. Respeitou demais o Barcelona. Perdeu por 4 a 0, sem ver a cor da bola, e volta ao Brasil sem a terceira estrela.
O time espanhol, enfim, consegue derrotar uma equipe brasileira em final de Mundial. Havia perdido em 1992, para o São Paulo, e em 2006, para o Internacional. Agora, acabou com a escrita e em grande estilo: jogando um futebol exuberante. Resta aos alvinegros aplaudirem e até saírem de campo orgulhosos. Por que não? O Barça está vários degraus acima de todos os outros. Mostra isso há anos na Europa. E mostrou no Japão, diante de um campeão da Libertadores que conta com os jogadores brasileiros mais badalados nos últimos tempos - Neymar e Ganso.
Um Neymar diferente deixou o gramado do estádio de Yokohama após a derrota do Santos por 4 a 0 para o Barcelona no Mundial de Clubes da Fifa, neste domingo.
Nitidamente emocionado após a goleada sofrida, o atacante, sempre sorridente, era o retrato da lamentação. Com os olhos marejados, o craque admitiu não só a superioridade rival, mas teve humildade para reconhecer que houve uma aula de futebol. Segundo Neymar, o Santos tem de aprender com os catalães para poder voltar ao Japão em 2012.
- Eu não sei se o time deles é imbatível, mas hoje é a melhor equipe do mundo. Aprendemos a jogar futebol. Eles possuem jogadores fantásticos. O que vivemos aqui vai servir de lição para levar de volta ao Brasil. O Barcelona ensinou como se joga futebol - reconheceu o santista, que teve uma atuação discreta na partida disputada em Yokohama.
Apesar da decepção, Neymar também deu aula, mas de maturidade. Eleito o terceiro melhor jogador do torneio, ele disse que não é momento de baixar a cabeça e achar que tudo está errado. A meta é aprender com os erros e buscar uma nova chance de voltar ao Japão em 2012.
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