domingo, 9 de outubro de 2011

Seja otimista, mas não tanto


Tenho problemas com otimismo. Gostaria de ser uma pessoa mais otimista, e às vezes posso ser. Mas existe uma longa tradição de pessimismo na minha família; nossas atitudes sustentam que olhar pelo lado bom ou esperar o melhor é no mínimo inocência, ou até idiotice.
Mas a sociedade parece valorizar o otimismo. Com quem você gostaria de conversar – o Ursinho Pooh (''Ninguém deixa de se animar com um balão’') ou com o Bisonho (''Boa tarde... se é que a tarde é boa, o que eu duvido’')?
No entanto, estamos vivendo em uma época que torna difícil que nos prendamos ao lado Pooh. Uma pesquisa da Thomson Reuters e da Universidade de Michigan descobriu que as expectativas dos americanos sobre a economia eram as mais baixas em três décadas e que apenas 17 por cento dos entrevistados esperavam uma melhoria em suas finanças.
Mas colocando de lado a realidade da economia, será que é bom ver através de óculos cor-de-rosa? À medida que economistas, neurocientistas e psicólogos estudam o que queremos dizer com otimismo e como ele afeta tudo, do nosso emprego a nossos investimentos, passando pelo casamento, eles estão descobrindo que existe, sim, um limite para o otimismo.

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