Está marcada para esta segunda (10) reunião com representantes do Governo.
Do G1 CE
Os professores da rede estadual de ensino divulgaram neste domingo (9) a agenda de mobilização para esta semana. Apesar de terem suspendido a greve por 30 dias na última sexta-feira (7), as discussões continuam, segundo o presidente do sindicato dos professores, Anízio Melo. "As aulas vão ser retomadas. Mas a orientação é que parte do tempo pedagógico seja utilizado para discutir com alunos e pais temas relacionados ao movimento da greve", afirma.
Além de informar a programação, o sindicato dos professores dá orientações em sua página na internet para "utilização do tempo pedagógico nas escolas para discussões com a comunidade escolar, sobre a importância do apoio da mesma à luta".
Segundo Anízio, o sindicato terá sua primeira reunião com representantes do Governo nesta segunda-feira (10), a partir das 14 horas, na Secretaria de Educação. "De lá, vamos tirar a agenda de negociações. A comissão paritária do do sindicato e do governo vai fazer o estudo da carreira e a apresentação de uma tabela diferente das disposições iniciais do Governo", alega. A reivindicação, de acordo com ele, passa pela valorização de todos os professores, ou seja, o piso salarial repercutido na carreira.
Com isso, Anízio Melo diz que vai haver uma assembleia geral no dia 11 de novembro. "Após 30 dias. Até lá temos que apresentar em assembleia geral uma proposta que satisfaça os anseios da categoria". O presidente do sindicato diz que a categoria luta para não haver "recuo de direitos" adquiridos no atual plano de cargos, mas que os professores também querem dialogar. "A nossa suspenão foi mais um demonstração de responsabilidade e, principalmente, de que nós temos interesse no diálogo. Mas não abrimos mão dos nossos direitos", afirma.
Reivindicação
A principal reivindicação da categoria é a repercussão do salário entre os professores com ensino superior. Os professores com ensino médio tiveram o salário reajustado de R$ 800 para R$ 1.187. O reajuste não foi repassado aos demais professores, reclama o sindicato.
Representantes do Fundo de Participação da Educação (Fundeb) propuseram um aumento de salário usando verba do próprio fundo, sem onerar o Estado para aumentar o salário dos professores. A proposta do Fundeb reajusta o salário dos professores com ensino médio para R$ 1.400 (em vez do atual R$ 1.187) e de professores com ensino superior para R$ 1.820, (atualmente é R$ 1.400). A secretária de Educação do Estado, Izolda Cela, diz que a reivindicação dos professores é “irrealizável”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário