sexta-feira, 7 de outubro de 2011

MERCADO DE SOBRAL,Climatização causa polêmica

Comerciantes do Mercado Central se sentem prejudicados por uma central de ar de uma das lojas do local

Permissionários do mercado de Sobral fizeram protesto ontem contra a obra irregular
Sobral. Numa cidade onde faz 40 graus à sombra, aparelhos de ar-condicionado são uma necessidade. E para lojas que querem uma boa climatização para os clientes, os aparelhos são um serviço a mais. Porém, esta climatização causa polêmica no principal centro de negócios do Município de Sobral.
No Mercado Central, onde diariamente circulam mais de cinco mil pessoas nos 240 boxes, uma loja estava montando sua central de ar. Mas os permissionários de cima, cerca de 200, conseguiram que a Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, que administra o mercado, suspendesse a obra.
O prefeito de Sobral, Clodoveu Arruda, foi o primeiro a responder a um abaixoassinado dos permissionários com mais de 100 nomes contra o ar-condicionado na loja de baixo, que causaria mais calor nos boxes de cima. "Não autorizarei instalação de ar condicionado em loja ou assemelhado que repercuta mais calor no Mercado Central", disse o prefeito à reportagem pelo Twitter. Na manhã de ontem, os permissionários contra o ar-condicionado para as lojas de baixo e a maior "quentura" de cima fizeram um protesto. Foi preciso a secretária municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Juraci Neves, ir pessoalmente ao local acalmar os permissionários.
"Ela veio aqui e mostramos que não temos condições de ficar para vender nossas confecções com esta central soltando calor toda hora", disse a dona de box, Maria das Graças Marques.
Permissionária há 12 anos, Antônia Coelho afirma que "não podemos aceitar a climatização das lojas de baixo e a gente ficar no maior calorzão. Aqui à tarde chega a mais de 40 graus e com o ar quente saindo desses aparelhos, que estavam sendo montados. Com eles a parte de cima do Mercado Central iria pegar fogo literalmente".
A secretária Juraci Neves, de imediato, suspendeu a obra e disse que vai estudar um projeto para climatização das lojas externas que não prejudique os permissionários de cima. A nova ideia é que os escapes dos aparelhos sejam colocados acima do segundo pavimento e não no lado como estava ocorrendo. A primeira loja que estava sendo climatizada era a Farmácia Pague Menos. Ontem, os operários continuavam a obra iniciada há 15 dias, mas na parte de baixo, já com o direcionamento de colocação dos escapes acima das lojas do segundo piso. Eletricitários de uma empresa terceirizada da Coelce faziam, ontem, a ligação da força para o ar, mas também já com o direcionamento para parte superior dos boxes de confecção. "Ganhamos a batalha, mas não a guerra. Vamos ficar atentos para ver se esta obra redimensionada não nos prejudica", diz Antônia Coelho.
Lauriberto Braga
Repórter(DN)

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