Funcionários dos Correios no Ceará realizam assembleia a partir das 10 horas de hoje, 5, em frente ao edifício sede da empresa em Fortaleza, na rua Senador Alencar, 38, para decidir se aceitam ou não o acordo firmado ontem em audiência de conciliação realizada no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, com a presença de representantes da categoria e da direção da estatal. A informação foi confirmada ontem à noite ao O POVO por José Veridiano Matos, diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos e Similares do Ceará (Sintect).
Os funcionários abriram mão de receber o abono de R$ 500 que estava sendo reivindicado e aceitaram incorporar o ganho real de R$ 80 a partir de outubro, em vez de retroativamente a agosto
Ao mesmo tempo garantiram reajuste salarial e dos benefícios de 6,87% - esses sim retroativos ao mês de agosto. Quanto aos dias da paralisação devem ser compensados por jornadas aos sábados, domingos e feriados, sem desconto do pagamento.
A sessão de conciliação teve quatro horas de duração e foi mediada pela vice-presidente do TST, ministra Maria Cristina Pedruzzi. Também ficou acertado pelas partes que a paralisação acabe amanhã, 6, de forma provisória, com a garantia de que só terá fim definitivamente se a proposta acordada for aprovada nas assembleias que serão realizadas em todo o País.
Não havendo aprovação por parte de 18 dos 35 sindicatos que compõem a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), o processo irá a julgamento em dissídio coletivo e a greve pode ser retomada.
O piso nacional para os carteiros é atualmente de R$ 807. A este valor, são incorporados benefícios como vale-alimentação, vale-cesta, reembolso creche e babá, e auxílio para quem tem dependentes portadores de deficiência. Caravanas de 10 estados foram a Brasília ontem para reforçar o movimento. Maria de Lourdes Paz Felix, coordenadora geral do Sintect-CE participou da mobilização.(o povo)
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