quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Omissão também é um erro

Casa da Moeda: omissão diante de irregularidades pode derrubar Mantega

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O principal fator de desconforto da presidenta Dilma Rousseff, nesta quinta-feira, não é a iminente demissão do ministro Mário Negromonte (Cidades), que deverá entregar o cargo durante despacho no período da tarde, mas a revelação de que o ministro Guido Mantega (Fazenda) sabia há pelo menos um ano das denúncias de corrupção envolvendo o presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, mas não tomou qualquer providência. Denucci, que era subordinado de Mantega, somente foi demitido depois que o ministro soube que o jornal Folha de S. Paulo preparava uma reportagem sobre a suspeita de que ele teria recebido, em contas no exterior, mais de US$ 25 milhões em propinas de fornecedores da Casa da Moeda. Conforme foi revelado hoje pelo jornal, o ministro não apenas sabia das investigações da Receita Federal e da Polícia Federal, como também recebeu um ofício da direção nacional do PTB, em fevereiro de 2010, no qual o partido retirava seu apoio à permanência de Denucci no cargo e ainda advertia que as denúncias contra ele eram "gravíssimas", por isso considerava "indispensável" seu "pronto afastamento" do cargo. Apesar da eloquência da denuncias, Mantega nada fez. A irritação da presidenta Dilma é tão forte que no próprio Palácio do Planalto já se começa a duvidar da permanência do ministro da Fazenda no cargo.

(Claudio Humberto)

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