segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Ano novo, velhas contas

IPVA, IPTU e material escolar são sempre as primeiras
despesas do ano. Saiba como se programar para elas


A compra de livros e material escolar é uma das despesas que aguardam os consumidores, logo no primeiro mês do ano (DEIVYSON TEIXEIRA)
Depois das festas de fim de ano é hora da ressaca. Uma ressaca que nem sempre é de bebida ou comida. Se você é do tipo que não controla os gastos, extrapola no cartão de crédito ou no cheque especial e não costuma planejar seu orçamento, o início do novo ano pode trazer grandes dores-de-cabeça. Além das faturas do cartão e do limite estourado no banco, que não se pagam sozinhos, há ainda uma série de gastos com impostos e outras obrigações que, todos os anos, assombram os mais incautos.
Logo em janeiro, o Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) é o primeiro a nos lembrar que aquele nosso carrinho na garagem não precisa apenas de combustível e um carinho do mecânico de vez em quando. Há ainda a matrícula do filhão, que passou de ano (menos mal), e a longa lista de livros e material escolar, cuja peregrinação pelas livrarias vai fazer você entender o real significado da frase: “reze para entrar, pague para sair” (ou é o contrário?). No mês seguinte, é a vez do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
“As contas de janeiro são previsíveis, podem ser programadas. O ideal é se planejar e fazer tudo dentro do orçamento”, orienta a coordenadora do Núcleo de Educação do Consumidor e Administração Familiar, da Universidade Federal do Ceará (UFC), Shandra Aguiar.
O economista Ricardo Coimbra é realista. “A primeira coisa que tem que fazer é uma análise do que comprometeu no final de ano. Ver se sobrou alguma coisa para pagar essas contas”. Ele lembra, no entanto, que o ideal é ter uma reserva para essas contas ou usar o 13º salário para resolver essas pendências.
A empresária Mônica Melo, de 40 anos, é uma dessas pessoas que mantêm as finanças na ponta do lápis. Com duas filhas adolescentes estudando no Antares, ela compra todo o material escolar no colégio, porque não tem tempo de ficar pesquisando. Por outro lado, ela diz não ser pega de surpresa com o montante dos gastos. “A parte do IPVA, normalmente, pago à vista, para aproveitar o desconto”.
Para Shandra Aguiar, a raiz do problema está na falta de planejamento do orçamento familiar, que significa ter sob rédea curta todos os gastos e previsões de despesas. Traduzindo: gastar menos do que ganha e guardar o que sobra para os gastos previstos e imprevistos.(o povo)

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