segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ponte construida na BR 222 com vigas reprovadas

As nomeações para a chefia das 23 superintendências regionais do Dnit são feitas pela Presidência e não necessariamente levam em conta vínculos técnicos. Uma superintendência já foi ocupada por um radialista.
Os indicados interferem no trabalho dos servidores com todo tipo de pressão.
No Ceará, a servidora Liris Carneiro reprovou vigas da obra de uma ponte na BR-222 porque não tinham a resistência contratada. Pressionada, ela tirou férias e viu seu parecer ser substituído por outro que aprovou as vigas.
Em alguns distritos há só um engenheiro responsável por tudo, de relatar o estado das vias até aprovar a medição de obras.
Na prática, eles acabam só referendando o que fazem companhias terceirizadas, que, em investigações realizadas, já foram flagradas em conluio com construtoras.
Os analistas de projeto também não vão ao local da obra checar se as informações se adequam ao terreno.
O número de medições no solo para saber se o que foi projetado pode ser executado é insuficiente na maior parte dos casos em que há irregularidades encontradas.
Os projetos são licitados com tais deficiências. Quando a obra começa, as empresas pedem mais dinheiro para resolver os problemas.

(Macario Batista)

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