O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reúne em São Paulo, na próxima segunda-feira, com representantes do varejo e da indústria para tratar da renovação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre a chamada linha branca – geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos. Segundo apurou o jornalista Guilherme Barros, cuja coluna estreia na segunda-feira, 26, no iG, o ministro pedirá contrapartidas aos empresários para que a isenção do imposto seja confirmada.
Para prorrogar o IPI da linha branca, o ministro Mantega pedirá aos empresários que reduzam as taxas de juros cobradas no parcelamento dos produtos. Hoje, as redes cobram cerca de 6% ao mês do consumidor, o que, para o ministro, trata-se de um “absurdo”, em um cenário de desoneração tributária, Selic a 8,75% e Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) a 6%.
A decisão, entretanto, ainda não está confirmada, embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tenha pedido a prorrogação. Dentro da Fazenda, há duas linhas de discussões. Uma delas quer que a renovação da isenção do IPI siga os moldes da adotada no caso dos carros, com retorno gradual da alíquota. Há ainda uma minoria que pede a volta imediata do imposto já a partir de novembro. Tudo indica que o benefício deve ser renovado, mas com alíquotas graduais.
Desde abril, fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos pagam menos IPI. A redução no imposto foi aplicada sobre as geladeiras (de 15% para 5%), fogões (de 5% para zero), máquinas de lavar (de 20% para 10%) e de tanquinhos (de 10% para zero). Segundo cálculos da equipe econômica, a desoneração fez o governo deixar de arrecadar R$ 380 milhões em 2009.
Participarão do encontro em São Paulo representantes do Magazine Luiza, Lojas Cem, Casas Bahia, Insinuante, Ponto Frio, Pão de Açúcar, Carrefour, Eletros, Eletrolux, LG, entre outros.
Fonte : - Guilherme Barros, colunista do iG
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