quinta-feira, 3 de março de 2011

Décima morte por DENGUE no Ceará

“Chega a dez o número de mortes por dengue no Ceará em 2011. Ontem, o coordenador de proteção e promoção à saúde da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), Manoel Fonsêca, disse ao O POVO que mais um óbito foi confirmado. O caso, porém, só será publicado no boletim semanal do órgão de amanhã.
A nova vítima é um homem de 82 anos. Residente em São Gonçalo do Amarante, distante 59 quilômetros de Fortaleza, ele tinha o tipo hemorrágico da doença. A identidade do aposentado não é revelada pela Sesa, seguindo diretriz do Ministério da Saúde.
Com isto, o município encabeça a lista de óbitos (dois) ao lado de Itapipoca, com o mesmo número de casos. Itaitinga, Icó, Acarape, Quixadá, Chorozinho e Caucaia registram uma morte cada.
Segundo o último boletim da Sesa, o Ceará tem 3.182 casos confirmados de dengue em 114 cidades. Das dez mortes registradas até agora, três foram por dengue hemorrágica. Além do homem de 82 anos, uma mulher de 61 anos em Chorozinho e um bebê de cinco meses em Icó. As sete demais foram por complicações do vírus comum.
Fonsêca explica que os óbitos só têm acontecido fora da Capital porque o tipo 1 da dengue circulou no Interior em 1994 e, agora, voltou. “Em Fortaleza, ele voltou por volta de 2001. Então muita gente já teve. Nas outras cidades, ele só está voltando agora. Aí o pessoal fica mais suscetível. E vamos ter surtos epidêmicos em algumas localidades”, avisa o médico sanitarista.
Ele se diz preocupado com os índices de 2011, principalmente pelo fato de o período de fortes chuvas não ter começado. Reforça ainda o cuidado com crianças, mais vulneráveis ao tipo 1 e de diagnóstico mais difícil.
Fora de controle
De acordo com Manoel Fonsêca, há municípios em situação fora de controle. Isto significa que o índice de infestação (presença da larva do mosquito Aedes aegypti) superou 1% – o máximo aceito pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
É o caso de Itapipoca, Massapê, Tauá, Santa Quitéria, Caucaia, Pacatuba e Guaiuba. Nestas cidades, já se fala em surto epidêmico. “Março, abril e maio são decisivos, porque todas as epidemias do Ceará aconteceram nestes meses, por conta das fortes chuvas”, destaca.
Para evitar que isto ocorra, é necessário as prefeituras realizarem os seis ciclos anuais de combate à proliferação do mosquito requeridos pela OMS.
Conforme o coordenador da Sesa, há administrações que não realizam nem metade destas mobilizações. “Não podemos dizer que teremos epidemia. Contudo, se não fizerem um trabalho rigoroso, corremos sérios riscos”, alerta Manoel Fonsêca.”
(O POVO

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