terça-feira, 1 de junho de 2010

Brasil inaugura sétimo banco de sangue de cordão umbilical e de placenta

O Brasil inaugurou hoje (1) o sétimo banco de sangue de cordão umbilical e de placenta para transplantes de medula óssea, no Distrito Federal. O objetivo é aumentar as chances de localização de células-tronco para pacientes que precisam da cirurgia e não encontram doadores compatíveis.
O país ocupa, atualmente, o terceiro lugar no ranking de nações com maior número de doadores voluntários, com um total de 1,6 milhão de cadastrados, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. Apesar da boa vontade de muitos doadores, a maioria dos pacientes (70%) não consegue encontrar um que seja compatível.
As chances aumentam por meio da coleta de sangue do cordão umbilical e da placenta, feita logo após o parto, com o consentimento da mãe. Após o procedimento, o material é levado para um laboratório, onde fica armazenado em nitrogênio líquido a uma temperatura inferior a -190 graus Celsius.
Sob a coordenação do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a Rede BrasilCord é responsável por reunir em um sistema digitalizado todos os bancos públicos de sangue de cordão umbilical e placentário no país, com unidades no Pará, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco, no Ceará, em Santa Catarina e no Paraná, além do Distrito Federal.
De acordo com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a rede está integrada ainda a bancos de sangue estrangeiros – caso não haja compatibilidade com doadores no Brasil. “Já temos, inclusive, a mão inversa. Estão usando nosso banco para pacientes de outros países”, disse.
Para a presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Maria de Fátima Brito, a inauguração de mais uma unidade representa “uma luz no fim do túnel” para os pacientes que precisam de um transplante de medula óssea. Segundo ela, entre 1,5 mil e 2 mil pessoas, por ano, não conseguem encontrar um doador compatível.
A meta é chegar a 13 bancos de sangue de cordão umbilical e de placenta até 2011. Este ano, mais cinco unidades devem ser entregues, com investimentos de R$ 36 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O coordenador da Rede BrasilCord informou que a expectativa é que 65 mil cordões e placentas sejam armazenados em um prazo de cinco anos.
A partir de junho deste ano, diante de normatização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os custos dos transplantes de medula óssea também devem cobertos por planos de saúde privados. O Ministério da Saúde divulgou que já há um projeto que prevê a expansão de leitos para a realização de cirurgias.


Fonte  :  Agência Brasil

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